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Alta nos valores de unidades ofertadas para venda na cidade de São Paulo é maior do que a verificada em maio, segundo índice FipeZap

 

O preço dos imóveis residenciais prontos ofertados na cidade de São Paulo, sendo eles novos e usados, apresentou alta de 1,1% no mês de junho, após a elevação de 1,0% verificada em maio, de acordo com dados do Índice FipeZap divulgados na última quarta-feira. Desde janeiro, a variação nos preços chegou aos 5,9% e, no acumulado do ano, os valores cresceram 13,9%. Esse último porcentual é 6,7% superior ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O preço médio do metro quadrado ofertado na cidade ficou em R$7.268 em junho. O valor é menor apenas do que o praticado em Brasília (R$ 8.381) e no Rio de Janeiro (R$ 9.285) entre 16 cidades brasileiras acompanhadas pelo índice. Levando em conta todos esses municípios, o metro quadrado esteve avaliado em R$ 6.824. A expectativa de rentabilidade na cidade de São Paulo, obtida pela relação entre os valores pedidos para aluguéis e vendas, é de 0,47%. No Rio de Janeiro, o retorno esperado é de 0,39%. Três outros municípios da região metropolitana figuraram no Fipezap Ampliado. A cidade de Santo André registrou em junho aumento de 1,2% na comparação mensal para os preços ofertados na venda de imóveis.

 

Já os valores em São Bernardo do Campo subiram 0,8%, enquanto, em São Caetano do Sul, cresceram 0,4%. Principais cidades. Na avaliação em sete capitais - São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza e Recife -, o preço pedido pelos proprietários subiu 1% em junho e acumulou alta de 5,8% no primeiro semestre. Em 12 meses

até junho, a valorização foi de 11,9%, segundo o indicador. "Em 12 meses e neste ano até junho, a alta de preços nessas cidades superou a inflação", diz o coordenador do FipeZap, Eduardo Zylberstajn. No índice com as sete capitais, os preços médios subiram 2,5% no primeiro semestre, descontada a inflação do período.

 

Em 12 meses até junho, a alta real foi de 4,8%. "A fase de boom dos preços dos imóveis já passou", afirma o economista. Ele não acredita que se repita o período de elevação vigorosa e generalizada das cotações do metro quadrado do imóvel, com alta mensal superior a 2%, como ocorreu entre 2010 e 2011. Desde maio do ano passado, os preços médios do metro quadrado têm oscilado em 0,8% e 1% ao mês nas sete capitais avaliadas. Para Zylberstajn, o mercado está se normalizando e deve ter um comportamento mais saudável.

 

Segundo o economista, essa mudança no comportamento dos preços dos imóveis reflete as incertezas que pairam sobre os rumos da economia. "Há um sentimento de muita incerteza e isso acaba contaminando os preços dos imóveis." Além disso, as incorporadoras optaram por recompor margens mesmo à custa de uma velocidade de vendas menor.

(O Estado de S. Paulo - 07/07/2013)