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Crédito acelerou em agosto, diz Febraban

Depois de começar o segundo semestre com um desempenho fraco, o crédito mostrou sinais mais encorajadores em agosto, segundo aponta a sondagem preliminar da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O levantamento mostra que o estoque de financiamentos no Brasil cresceu 1,5% em agosto, alcançando R$ 2,58 trilhões. Em julho, o avanço foi de 0,6% na mesma comparação, derrubado pelo fraco desempenho de algumas das principais linhas de crédito ao setor produtivo, como o capital de giro.
 
No acumulado em doze meses, o avanço em agosto é de 16,4%, leve aceleração ante os 16,1% registrados em julho. Para a Febraban, os dados mostraram "crescimento mais forte e mais homogêneo dos empréstimos no mês de agosto, em contraste com a sazonalidade desfavorável de julho".
 
O desempenho do crédito às famílias e às firmas também foi mais homogêneo em agosto, mostrou a pesquisa. O saldo de empréstimos à pessoa física teria crescido 1,57% na margem, enquanto o estoque da pessoa jurídica avançou 1,41%. Em julho, o crédito para famílias avançou 1,2% e o das firmas ficou estável.
 
Já o crédito com recursos de aplicação direcionada, que inclui as operações do BNDES e o financiamento imobiliário, continua avançando em um ritmo largamente superior aos empréstimos com recursos de livre aplicação. O estoque de crédito direcionado cresceu 2,76% em agosto, e o de empréstimos livres, 0,65%. A sondagem da Febraban, contudo, não captura os empréstimos concedidos diretamente pelo BNDES.
 
O crédito direcionado segue forte tanto na pessoa física como na jurídica, com alta de 2,6% no estoque de famílias, e de 3% em empresas. No universo de recursos livres, os avanços foram de 0,78% e 0,5%, respectivamente.
 
Em termos de desembolsos, a pesquisa captou aumento de 0,6% no mês ante julho, sendo avanço de 1,47% no crédito pessoa jurídica (PJ) e queda de 0,2% na pessoa física (PF). Em julho, as concessões cresceram 0,3%, mas a PJ recuou 3,3% e a PF avançou 5%. Na época, o próprio Banco Central alertou para a volatilidade do indicador. Já sobre a inadimplência, a federação afirma que a sazonalidade ainda é favorável, contribuindo para manter a trajetória de queda gradual.
Os dados oficiais serão divulgados pelo BC na sexta-feira.

(Valor Econômico - 24/09/2013)

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